sexta-feira, 13 de novembro de 2015

Diário de bordo parte C

1º dia
Nosso dia começou tudo bem cedo, as 5:30 da manhã. Estava bem quente em Portugal com aquele solzão que ninguém aguentava. A gente, justo naquele dia decidiu que tinha de sair de casa a procura de negócios, porque naqueles 2 meses os mares estavam mais calmos do que o normal, e o vento enchia as velas de nossa caravela deixando um pouco mais difícil de embarcar já que ela ficava se mexendo. Mais tarde para as 15:10, nossas famílias já tinham se despedido e nós estávamos a subir no barco. Nós acreditamos que seria uma viagem bem fácil já que na nossa visão o céu estava todo azul e o mar estava calmo. Desancoramos nosso barco e fomos navegando na nossa jornada para a Índia. No fim do dia as 21:10 fomos dormir.
2º dia
Todos acordamos bem cedo por um susto, uma corda, que não era principal, soltou. Os meus marinheiros ficaram assustados e seguraram a corda com todas suas forças não a deixando escapar enquanto os outros a amarravam de volta em seu lugar. Por fim nós conseguimos amarrar bem a corda em seu lugar para que ela não se soltasse. Eu como capitão pedi que eles checassem todas as cordas para ter certeza que elas não iriam desamarrar novamente. Encontramos mais 5 defeitos em cordas e conseguimos arrumar todas elas. Algumas demoraram mais do que outras, mas por fim, todas foram arrumadas. Hoje o vento estava batendo em nossas velas mais fortes do que o normal então elas tinham que estar em constante observação para que nenhuma se soltasse. Mais para o fim do dia nossos homens pegaram algumas bolachas e partiram para comer, e eu comi também junto com eles. No fim do dia certificamos que estava tudo arrumado para irmos dormir sem nenhum problema a se preocupar.
3º dia
Hoje por enquanto as 10:30 está sendo o dia mais calmo de todos, sem nenhum problema, sem nada ruim a nossa frente, eu espero que fique assim o dia todo. As 11:50 eu vi um floco de pássaros indicando uma chuva que estava por vir, e avisei aos marinheiros e ajudantes para se prepararem para a chuva. A chuva chegou às 18:10, mas estava fraca o dia inteiro possibilitando o trabalho debaixo dela. A chuva só foi ficar mais forte bem a noite, às 22:16 e  mesmo assim, nos todos já estávamos dormindo. Esse dia era bem curto sem nenhum problema, um dos melhores por enquanto. Todo o processo de comer bolachas foi feito novamente, mas hoje comemos menos já que queríamos guardar comidas.
4º dia
No nosso quarto dia em mar me deu uma sensação que nosso barco estava indo em uma direção errada, então pedi para que com uma bússola e quadrante decidissem exatamente onde era nossa chegada, e por sorte eu estava certo, nosso barco estava indo direto a um lugar desconhecido. Meus marinheiros me avisaram disto e disseram que o melhor jeito era virar o barco 30 graus para que alinhasse com a nossa chegada final. Com uma barquinha e uma ampulheta medimos a velocidade do barco dentro de 30 minutos e descobrimos que íamos chegar na Índia antes de 12 dias, uns 10 dias. Estava ótimo para navegar e tínhamos que parar na África para reabastecer. Esse foi o dia em que medimos certinho tudo que tinha de se medir para chegar corretamente em nosso ponto de chegada. Este dia não comemos já que ninguém estava com fome, e também por fato de preservação de comida.
5º dia
Nesse dia eu percebi com minha luneta uma tempestade chegando e do outro lado a costa da África. Eu decidi com meus ajudantes que seria mais fácil a gente pegar abrigo na costa e no próximo dia partirmos. Nosso barco mudou de rota para a costa com a tempestade atrás da gente. Nós aceleramos o processo usando remos gigantes que em caso de emergência podíamos usar para ir mais rápido, e essa era uma emergência. Chegamos a costa da África com a tempestade não tão longe e decidimos de fazer umas tocas para nos abrigarmos. Ancoramos nosso barco muito bem, pegamos recursos da natureza, e cada um fez sua própria toca. Parecia uma mini vila e rezamos para que resistisse a tempestade, e também para o nosso barco resistir a mesma. Essa noite era bem molhada mas espero que todos consigam dormir bem. Pegamos uma grande quantidade de biscoito para dividir antes que a tempestade ficasse pior.
6º dia
Nesse dia saímos de nossas tocas e percebi que um grupo de pessoas não tinha acordado. Eles estavam com um caso bem ruim de verminose e decidimos com os adoentados que o melhor a fazer era os queimarem para que parassem de sofrer. Nos despedimos deles e os amarramos em troncos com palhas em volta a fim de que fossem queimados. Sentíamos pelas perdas e muitos choraram, infelizmente tivemos que seguir em frente como se isso nunca tivesse acontecido para que ninguém ficasse com esse medo todo na cabeça. Tivemos certeza de que pegamos tudo e partimos.
7º dia
Já que ontem a gente não comeu, hoje todo mundo comeu bem cedo a fim de ter energia suficiente para a jornada. Sabíamos que estávamos perto e que nossa chegada estava próxima, mas ainda faltavam três dias, e nesses três dias podia acontecer uma miséria que a gente nem perceberia. Eu vi um grupo de marinheiros falando entre eles sobre os guardiões das águas, uns dragões de duas cabeças que protegem os oceanos com tempestades, eles disseram que foi isso que atacou nosso grupo no barco. Eu cheguei perto e disse que se este fosse o caso, nós já teríamos morrido há muito tempo e que não era para ter esses medos imaginários por que o único que pode fazer isso é Deus, só Deus sabe o que faz com essas dificuldades reais como as tempestades. Esse dia eu também deixei todo mundo comer um pouco de biscoito.
8º dia
No começo do dia foi tudo bem legal sem nem um problema até agora. Mas como sempre eu pedi para os meus marinheiros checarem as cordas por causa daquela sensação que algumas delas estavam soltas, e novamente eu estava certo, tinha cinco cordas mais soltas do que outras e outras duas que estavam quase se soltando, um grande risco que graças a mim e meus marinheiros conseguimos resolver novamente. Mais tarde na hora de comer um quarto dos marinheiros pediram uma coisa diferente de só comer biscoito, eu disse que só tinha carne salgada que não era uma boa comer agora já que estava um sol forte sendo arriscado perder bastante vitamina C. Eles aceitaram a proposta e insisti para eles não comerem carne, porém alguns comeram.
9º dia
O começo deste dia foi bem assustador já que hoje eu acordei bem cedo as 3:40 para checar os marinheiros, e por incrível que pareça eu vi os que tinham comido a carne salgada com suas gengivas inchadas e pareciam estar sangrando. Fui diretamente a um livro sobre possíveis doenças que minha mãe me deu e fui ver sobre esta doença, descobri que era uma doença chamado o escorbuto que podia ser letal para qualquer um já que deixa seu corpo frágil a qualquer doença, e por incrível que pareça foi exatamente causado pelo fato de perda da vitamina C. Eles não tinham acordado ainda então tínhamos que trabalhar rápido para levá-los ao hospital na Índia. Esse dia foi bem corrido e eu dei uma boa quantidade de biscoito para os marinheiros que estavam trabalhando todos duro. Eu até fui fazer parte do trabalho de remar junto com meus ajudantes para chegar o mais rápido possível à Índia. Quando anoiteceu todo mundo pegou mais uma porção de biscoitos e foi dormir.
10º dia
Esse dia toda tripulação foi acordada por um marinheiro que decidiu ficar de olho a noite, ele gritou ‘’TERRA A VISTA’’ e foi quando eu saí de minha cabine correndo para a proa do barco e vi a Índia e todos os outros navios ancorados. Finalmente o posto de trocas. Sorte nossa que tinha um hospital bem perto. Fomos rapidamente ancorando nosso navio e metade foi reabastecer nossos suplementos e a outra metade foi levar os doentes para o hospital. Eu ajudei a levar os doentes esperando pelos seus resultados os quais foram horríveis. Infelizmente tínhamos perdido um quarto de nossa tripulação. Enfim, conseguimos um lugar para ficar a noite e comer bem para a partida amanhã. Tivemos certeza antes de dormimos de checar se estava tudo pronto no barco a fim de que amanhã só subiríamos no barco e partiríamos para Portugal.

O resto da história de Guilherme I não conseguimos descobrir. Infelizmente achamos que o barco dele foi afundado, mas ainda não sabemos ao certo. O corpo dele não foi encontrado e achamos que ele nadou até a terra e está vivendo em alguma ilha. A família dele ainda vive que são os Feitosa e os  Lyra.

Nenhum comentário:

Postar um comentário